Coal Chamber: Dez Fafara fala sobre família e fobia social em entrevista

O jornalista Joel Gausten conduziu uma entrevista com o músico Dez Fafara, do Coal Chamber e DevilDriver, para o seu site JoelGausten.com. A conversa abrange variados assuntos, incluindo o equilíbrio de Fafara entre as bandas e a família, e seus desafios pessoais para superar a fobia social durante as sessões meet and greets com os fãs.

Este não é o negócio mais fácil do mundo para sobreviver, muito menos ter a carreira que você tem. O que você vê como a maior chave para a longevidade neste jogo?

Dez: A minha família e não pensar sobre este jogo. É isso aí. As pessoas dizem: “como você consegue conciliar duas bandas?” Eu respondo: “Não sei.” Sempre coloquei minha família em primeiro lugar, então eu dou às bandas o devido momento que elas precisam. Eu acredito que a razão pela qual eu tive a carreira que tenho é porque possuo o forte apoio de uma esposa que sempre esteve ao meu lado, e bons filhos que criei da maneira certa. Eu me considero uma pessoa muito reservada e retraída, até mesmo perante a um punhado de bons amigos.

Eu posso contar o número de amigos íntimos que tenho em uma só mão. Não sou um tipo de cara extrovertido; não sou o tipo de cara que você pode encontrar em um clube de stripper. Não costumo curtir os bônus que vêem ao estar em uma banda. Realmente não aproveito, eu acho, a fama que vem; o que eu gosto é de estar em turnê e estar em lugares diferentes. Gosto de estar no palco e fazer música, e também de ficar no estúdio. Mas um monte de coisas extracurriculares podem chegar até eu. Um exemplo, a banda levou um bom tempo para me convencer a fazer meet and greets. Mas, quando você me coloca em uma sala com mais de 10 pessoas, eu quero fugir!

Não é nada pessoal, eu sou desse jeito desde que eu era criança. Eu sou socialmente inábil, a ponto de dizer “quero sair daqui”. Eu ainda estou trabalhando nisso, mesmo já estando velho nessa vida. Eu acabo entregando a responsabilidade para os outros membros do Coal Chamber mas, no fim, até que tudo dá certo. Vejo que não é tão ruim assim. É bom conversar com uma pessoa e ouvir uma história sobre como descobriu o som do Coal Chamber. Então, eu estou aprendendo a lutar por isso.

Essas coisas são o que me ajudam a superar aquilo que vai contra a minha própria vontade. Se você quiser ir em frente e entrar na indústria da música, eu não lhe dizer para não fazer isso. Mas vou lhe aconselhar para ter nervos de aço. Você vai aprender algumas coisas sobre si mesmo, e sobre outras pessoas também já no início. Acredite!