Claustrofobia anuncia mudança em sua formação após 18 anos

Ao lado de Marcus D’Angelo (vocal/guitarra), Daniel Bonfogo (baixo) e Caio D’Angelo (bateria), o músico gravou seis elogiados discos, se apresentou em diversas cidades do Brasil, Europa e Rússia, e se tornou um dos guitarristas mais importantes da música pesada do país.

Marcus D’Angelo comentou sobre como foram todos esses anos de união. “Confesso que foi extremamente difícil chegar a esse consenso. São 18 anos de amizade e desenvolvimento de um estilo. Passamos por muitas coisas juntos, não foi fácil tomarmos essa decisão em comum acordo. No entanto, chega um ponto em que temos que encarar a realidade que, cedo ou tarde, nos atingiria de frente. A amizade e consideração se mantém, até porque somos muito gratos por tudo o que o Alexandre contribuiu para a nossa sonoridade, desenvolvimento e sua marca estará para sempre no DNA do Claustrofobia, assim como também contribuímos para o crescimento dele também. Portanto, o Ale continua sendo da família Claustrofobia e, com certeza, ainda podem rolar parcerias juntos dentro de inúmeros projetos que temos executado. Essa decisão foi pensada preservando o futuro do Claustrofobia, que será intenso e honraremos todos os compromissos, objetivos e postura intactos. Desejamos todo sucesso do Mundo para ele em seus inúmeros projetos e agradecemos por todos esses anos de amizade, aprendizado e união”.

Alexandre de Orio também falou sobre como chegaram a essa árdua decisão. “Começamos tocando quando éramos moleques, sem responsabilidades, e em praticamente 20 anos muita coisa acontece, então chegamos num ponto em que algumas coisas se tornaram incompatíveis. Foi uma decisão bem difícil de tomar, principalmente pensando em todas as pessoas que sempre nos apoiaram e os fãs com quem sempre tive muito contato, mas é minha vida pessoal e musical que não posso deixar de pensar, assim como a da própria banda, então tive que tomar uma decisão, e como toda escolha, há perdas e ganhos.

Já tenho uma vida musical estabelecida, tanto como músico quanto como educador. Ainda tenho projetos ligados ao metal como três livros pra escrever e um deles já está na metade, inclusive com bandas nacionais envolvidas, além da continuação da Série Metal Brasileiro. Também estou com um pré-projeto de mestrado aprovado, a ideia de um doutorado no exterior, inclusive ligado ao metal; e também outros projetos consolidados como meu quarteto de guitarras Kroma. Foram anos de muito aprendizado, muita estrada, muitas histórias, perrengues, glórias, etc. Tenho consciência de que ajudei a moldar o som do Claustro assim como ter uma assinatura nos solos. Ainda tem um disco novo pela frente, já gravado e que considero um dos mais maduros na nossa carreira. Espero que a banda alcance o objetivo que deseja! Muito obrigado a todos, fãs, familiares, pessoas envolvidas em todos esses anos e aos meus amigos Daniel, Marcus e Caio”.

Fiel representante do metal nacional, com 20 anos de estrada, o Claustrofobia manteve a sua formação intacta desde 1996. Agora, o grupo segue na estrada promovendo o recém-lançado DVD “Visceral – 20 anos” e o álbum “PESTE”.

E como a banda já tem compromissos a honrar, os músicos recrutaram, até então interinamente, o jovem talento Douglas Prado, que foi criado dentro da família Claustrofobia e inclusive é aluno de Alexandre de Orio há alguns anos.

“Muitas coisas aconteceram nos últimos meses e ainda estamos nos recuperando de tantas surpresas. Convidamos o Douglas para assumir este posto, pois foi a primeira pessoa de confiança e que está mais próxima de nós. Apenas o tempo dirá se ele assumirá esse posto, mas confesso que fomos surpreendidos pela postura de como ele encara a guitarra e a capacidade de nos honrar.

É um moleque tranquilo e dedicado, que tem uma vida pela frente. Portanto, ficamos felizes com esse sangue novo e contamos com o apoio dos nossos fãs, pois vocês são a coisa mais importante para a existência do Claustrofobia e não vamos em hipótese alguma decepcionar vocês, inclusive essa mudança é pelo bem maior e preservando a atitude do Claustrofobia no futuro. Todos os fatos ocorridos serviram para nos fortalecer e fazer o metal reinar como sempre fizemos, sem frescura e representando nosso país”, finalizou o frontman Marcus D’Angelo.

O Claustrofobia é uma das atrações do Metal Land Festival, o mais novo grande festival de rock/metal do Brasil. O evento, que acontece entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, no Hotel Fazenda Vale das Grutas, em Altinópolis (SP), e já tem outros grandes nomes da música pesada nacional e internacional confirmados como Sepultura, Andre Matos, Krisiun, Matanza, Tim Ripper Owens (ex-Judas Priest/Iced Earth/Yngwie Malmsteen), Tuatha de Danann, Voodoopriest, Soulspell, Oitão, entre outros.

Desde 1994, o Claustrofobia tem seguido a mesma proposta, independente de tendências, transitando do mais sujo underground aos palcos mainstream, com o mesmo respeito e atitude. Já dividiram o palco com grupos consagrados, como Sepultura, Raimundos, Destruction, Napalm Death, Krisiun, Brujeria, In Flames, Ratos de Porão, Paul Di’Anno, Soulfly e Edy Rock e KL Jay (Racionais MC’s). Disco após disco, show após show, o grupo cresceu e tem desenvolvido uma legião fiel de fãs, que faz questão de mostrar a paixão que sente pelo grupo.

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