O STONERIA vem se consolidando no cenário nacional a cada ano que passa, tendo já uma grande legião de fãs, além de mostrarem muito profissionalismo no que fazem, onde apresentam um som que mescla algumas vertentes como o Stoner, Rock anos 80, Punk e etc…
Falamos recentemente com o vocalista Zen, onde o mesmo nos falou sobre a diferença entre os dois lançamentos da banda, mercado nacional do Rock e muito mais.
Confira nossa minientrevista e conheça melhor a banda:
O Stoneria está na ativa a bastante tempo, e desde sua fundação em 2007, vocês lançaram o EP “Máquina do Sexo” (10) e o Debut “Stoneria” (14). Qual a principal diferença entre ambos os lançamentos?
No EP máquina do sexo somente dois integrantes são da formação original (Arthur George e JJ Zen). O baterista atual Arthur George somente gravou 3 músicas do disco, o restante foi gravado por outro baterista. O EP Máquina do Sexo tem composições mais simples que o debut, são músicas cuja as composições são da nossa época de adolescente. O trabalho novo tem composições mais maduras, mas o disco é mais rock e pesado que o EP. Isso acontece principalmente por mudanças e influencias dos integrantes.
Não há como não ligar o termo Stoner ao ouvir o nome da banda. O que vocês acham desta peculiaridade?
Coincidência, nada planejado. O estilo musical californiano “stoner rock” é diferente do que fazemos em nosso trabalho. Apesar deles considerarem que uma das grandes influências deste estilo é por exemplo Black Sabbath e claro, nós escutamos, gostamos e somos influenciados por esta banda, nosso estilo musical é diferente. Quanto aos rótulos, já escutamos que somos punk, hard rock, rock brasileiro anos 80 e claro, stoner rock… Faz parte. Portanto quando alguém diz “ah vocês são stoner”, respondemos “sim, escutamos e gostamos de Sabbath”, “ah vocês são punk”, respondemos “sim, escutamos e gostamos de Ramones”, quando escutamos “ah vocês são rock brasileiro anos 80”, respondemos “sim, escutamos e gostamos de Titãs”.
E sobre o cenário Rock em geral, qual a opinião do Stoneria sobre o atual momento?
O rock como negócio comercial está em queda. Após os anos 90 comercialmente ele deixou as capas das revistas, rádios fecharam as portas…, mas é engraçado porque os maiores festivais do Brasil e do mundo são de rock. Se o cenário para o rock não vai bem não é por culpa de outros estilos musicais que cresceram, pois, este movimento na música sempre vai acontecer (um estilo cai e outro sobe).
Talvez falte profissionais competentes no rock, artistas que parem de se vender por cerveja e por aí vai. O Brasil acredito que tem um problema com os “xiitas do rock”, aqueles que só escutam o que gostam, massacram outras bandas, nem escutam e já falar que aquilo e isso é uma merda. Não que devemos apoiar bandas como Reestart, mas se a pessoa gosta de Slayer, qual o problema de escutar Matanza ou Vespas Mandarinas? Em uma entrevista do Phill Anselmo, ele afirmou ser uma fã de Morissey. Não tem ligação nenhuma do estilo de um com outro e nem por isso, ele deixou de ser um dos maiores nomes do rock pesado.
A banda já está pensando em material inédito para 2016?
Lançamos o EP em 2011. Gravamos o debut em 2013, lançamos em 2014 e as mídias físicas ficaram prontas em 2015. Toda essa demora e inclusive o lançamento de um novo trabalho pode ser dito em uma palavra: dinheiro. Precisamos levantar verba para fazer isso. Ideia temos infinitas, dinheiro está bem finito.
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