Destruction faz show primoroso em seu retorno a BH, seis anos após sua última passagem!

Um dos pilares do Thrash Metal mundial, o Destruction, comemora os seus quarenta anos de história carregando uma discografia sólida e sendo, desde muito tempo, referência para uma enormidade de bandas quando o assunto é o Thrash Metal!

E tal momento não poderia passar em branco, tanto que a banda alemã retornou ao Brasil para a segunda parte da ‘Latin Tour 2024’, passando por cidades que não foram incluídos na primeira parte da turnê.  Nesta empreitada o Brasil ganhou quatro datas, sendo elas em Recife (02), Fortaleza (04), Belo Horizonte (05) e São Paulo (06), metrópole escolhida para a gravação de um novo clipe.

Em seguida a banda passou por Uruguai, Colômbia e fechou no Panamá a sequência de shows em comemoração aos 40 anos de história!

Agora “quarentão”, Destruction não decepciona e mantém a alcunha de referência mundial no Thrash Metal!

Não faltavam motivos para que o show em BH fosse um dos principais da temporada, afinal, os alemães do Destruction dificilmente deixam a desejar quando o assunto são shows ou mesmo lançamentos em estúdio. Para melhorar, tudo ainda é rodeado pela comemoração de quatro décadas de história!

‘Curse the Gods’, do clássico álbum “Eternal Devastation” (1986) foi a porta de entrada de uma apresentação que reuniria, daí para frente, uma poderosa sequência de riff’s, solos, muita velocidade e ótima presença de palco. Coloque ainda neste pacote a habitual atuação de alto nível do frontman Marcel Schirmer e suas linhas de vocais, digamos, inigualáveis!

O músico é uma verdadeira “máquina” de executar Thrash Metal e, em terras tupiniquins, não seria diferente. O vocal ganhou os holofotes em diversas faixas, como nas tradicionais ‘Nailed to the Cross’, ‘Mad Butcher’, ‘Life Without Sense’, dentre outras.

Todo o potencial da banda em estúdio é executado fielmente ao vivo.  O baterista Randy Black, no grupo desde 2018, é veterano quando o assunto é música pesada. O “batera” coleciona passagens nos medalhões Primal Fear e Annihilator, dentre outras bandas, e mostra toda sua qualidade ao longo de todo o set.

A dupla de guitarras com Damir Eskic e o recém-chegado Martin Furia não fica para trás. As guitarras do Destruction estão cada vez mais entrosadas, trazem uma avalanche de riffs bem executados e solos sempre acompanhados à risca por todo o público. Vale lembrar que Martin Furia era técnico de som do próprio Destruction e já trabalhou produzindo a banda brasileira Nervosa, por exemplo.

O guitarrista veio para substituir ninguém menos que Mike Sifringer – fundador da banda – que permaneceu no posto entre 1982 e 2021.

Martin Furia (guitarra) veio para substituir ninguém menos que Mike Sifringer, fundador da banda

O set daquela noite priorizou os clássicos oitentistas, mas não deixou as faixas mais recentes de lado. ‘Armageddonizer’, do disco “Day of Reckoning” (2011) e o lançamento ‘No Kings – No Masters’ (2024) foram algumas das lembradas. O público mineiro mostrava conhecer bastante o trabalho dos alemães, pois há todo momento acompanhava junto à banda as passagens marcantes da apresentação, assim como seus tradicionais refrões.

O clássico disco “Infernal Overkill” (1985), primeiro full lenght, ganhou uma sequência poderosa na reta final do show e trouxe as faixas ‘The Antichrist’, ‘Death Trap’, ‘Thrash Attack’ e ‘Bestial Invasion’. Mesmo gravado há quatro décadas, as músicas soam como novas a cada apresentação e ganham, obviamente, a atenção dos fãs conhecedores de toda a trajetória de Schirmer e cia.

Em mais uma passagem por Belo Horizonte o que era esperado, de fato, aconteceu: um show digno de quem tem história para contar e um público eufórico por estar frente a frente com uma verdadeira potência do Thrash Metal global!

Os alemães mesmo após quatro décadas de história ainda soam como “jovens” – no bom sentido da coisa – e mostram que ainda têm muita lenha para queimar. Agora resta torcer para que a próxima passagem por terras mineiras não demore outros seis longos anos de espera. Cruzem os dedos!

Set list Destruction:

Curse the Gods – Eternal Devastation (1986)

Invincible Force – Infernal Overkill (1985)

Nailed to the Cross – The Antichrist (2001)

Mad Butcher – Mad Butcher (1987)

Life Without Sense – Eternal Devastation (1986)

Release from Agony – Release from Agony (1987)

Armageddonizer – Day of Reckoning (2011)

Total Desaster – Sentence Of Death (1984)

Eternal Ban – Eternal Devastation (1986)

No Kings – No Masters – No Kings – No Masters (2024)

The Antichrist – Infernal Overkill (1985)

Death Trap – Infernal Overkill (1985)

Diabolical – Diabolical (2022)

Thrash Attack – Infernal Overkill (1985)

Bestial Invasion – Infernal Overkill (1985)

Thrash ’til Death – The Antichrist (2001)

 

Texto: Reynaldo Trombini

Fotos: Leandro Oliveira e Giovanna Toledo

Anunciada como banda de abertura no Brasil, Sextrash não se apresentou em BH, sua terra natal.

A banda de black Metal Sextrash seria outra atração de peso para a noite. O grupo, formado em 1987 em Belo Horizonte, é um dos pilares da música extrema nacional e, conforme o divulgado pela produção, traria a execução na íntegra de seu principal clássico, o disco “Sexual Carnage” (1990).

As apresentações em Recife e Fortaleza ocorreram normalmente, entretanto, a banda não subiu ao palco em terras mineiras, fato que também se repetiu no show seguinte em São Paulo. Desentendimento entre produtora e banda teria causado o cancelamento da exibição, conforme apuração do Heavy Metal Online.

Cartaz de divulgação da tour:

 

Assista o clipe de ‘No King-No Masters’, recente lançamento do Destruction: