Imagine o oceano visto de dentro do olho de uma tempestade. Cada onda crescente apresenta sua própria ameaça, agitada pela mudança das marés. Mas não importa o quão fundo você mergulhe, tudo o que se vê é uma extensão contínua de água. Este é o estado de espírito torturado, porém penetrantemente lúcido, do qual a curiosa banda de post-black metal Bizarrekult emergiu lenta e meticulosamente com seu envolvente terceiro álbum , Alt Som Finnes .
“Eu não estava preparado para tudo isso”, diz Roman V, o único mentor do Bizarrekult. “Ninguém está, quando chega a hora. Mas, no fim das contas, parece que tudo valeu a pena. A música me deu pistas sobre para onde ir e o que poderia ser”.
Em sintonia com o espírito ferozmente individual do black metal, Roman começou sua trajetória como Bizarrekult como um lobo solitário. O projeto solo teve início em 2006 como um acompanhamento musical para os versos poéticos que escrevia desde a infância. No entanto, sua estreia oficial em estúdio só aconteceu quinze anos depois, após sua mudança da Sibéria para a Noruega. Viver mais perto do berço do gênero o inspirou a flexibilizar, mas não romper com a tradição. Bizarrekult pode ser tão frio e cru quanto o início do Darkthrone, tão assombrosamente melódico quanto o Enslaved, ou tão abrasador em sua beleza quanto o Borknagar.
“A Noruega se tornou meu segundo lar”, diz Roman, refletindo sobre o assunto. “Os anos que levaram à revitalização da Bizarrekult foram dedicados à reflexão pessoal e ao reencontro com o que é importante: a arte e a criatividade.”
Assista ao vídeo assustadoramente tenso do primeiro single, “Blikket Hennes”, que conta com a participação de Yusaf, da banda Dødheimsgard, em estreia exclusiva com o No Clean Singing.
Alt Som Finnes (Tudo Existe) mantém a energia clássica da velha guarda. “Drøm” busca escapar para o conforto dos sonhos, perseguido por riffs frenéticos e gritos alucinatórios. “É em nossos sonhos que podemos finalmente relaxar de tudo o que acontece durante o dia”, diz Roman. “Você pode se conectar com quem você realmente é, com o significado de si mesmo”. Embora Bizarrekult permaneça enraizado no black metal norueguês, o álbum remove todas as defesas, adicionando uma atmosfera pós-metal. “Verdens verste” protesta contra o consumismo com grooves abrasadores, enquanto “Avmakt” cresce e ferve em uma luta pelo controle antes de perder força em meio a melodias que caem e desaparecem como pontos de luz moribundos.
Arte da capa:
Gravestench Art ( https://www.instagram.com/gravestench_art/ )
Formação da banda durante a gravação:
Roman V. – Vocal
Ignat P. – Guitarras e Baixo
Alexander P. – Bateria
Músicos convidados:
Yusaf “Vicotnik” Parvez (Dødheimsgard) — Vocais em “Blikket Hennes”
Lina (Predatory Void / Cross Bringer) — Vocais em “Drøm”
Kim Song Sternkopf (Møl) — Vocais em “Tomhet”
Créditos da gravação:
Gravado no Seaside Room
Produzido, mixado e masterizado por Miguel Tereso no Demigod Recordings.
No primeiro álbum do Bizarrekult, Roman revisitou sua infância e vida familiar, ao mesmo tempo que examinava sua relação em constante transformação com o mundo. Lançado em 2021, Vi Overlevde (Sobrevivemos) foi visto como um farol de esperança em meio ao segundo ano difícil da pandemia. A posição próxima ao topo da lista de melhores do ano do maior jornal da Suécia chamou a atenção da Season of Mist, que lançou em 2023 o mais abrangente Den Tapte Krigen (A Guerra Perdida), recebendo ainda mais aclamação da crítica.
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Fonte: Seasons of Mist