O Heavy Metal On Line bateu um papo exclusivo com a banda GENIUS OF SUGARCANE e este bate papo pode ser conferido nesta matéria especial. Falando da atual situação mundial e de outros fatores relevantes David Largo destacou também o impacto do COVID-19 no cenário heavy metal atual.
Sabemos que quase todas as bandas do cenário têm frequentes problemas com mudanças na formação, como foi o caso da Nervosa recentemente. Fale sobre os impactos de uma mudança na formação de uma banda e como está a formação da banda atualmente?
R: Acreditamos que essa questão é bem relativa, depende de todo o contexto envolvido, por trás das mudanças na formação, mas claro, sempre visando a evolução e o melhor para a banda. Atualmente a Genius se encontra na sua melhor formação após algumas mudanças, sempre focados em evoluir e desenvolver novas experiências a fim de entregarmos o melhor de nós em todas as nossas músicas.
Como você enxerga os lançamentos feitos por bandas atualmente no quesito mídia? Quais são suas mídias favoritas atualmente quando você vai comprar um material de uma banda?
R: Enxergamos como uma grande evolução o leque de possibilidades existente para se lançar a sua música, que a alguns anos atrás, era muito limitado. Hoje com a internet e as diversas plataformas de streaming, é possível divulgar a música para o mundo todo, estamos constantemente conhecendo pessoas do mundo todo, e isso é uma das coisas que tornam todas essas experiências como algo único. Sobre o material que consumimos, gostamos muito do material das bandas do underground, camisas, discos, zines, etc.
Se fosse para você escolher um álbum de metal do Brasil e classifica-lo como o mais importante para a nossa história, qual seria? Justifique ainda a importância deste álbum na sua opinião …
R: Bruno (Baixista) – Flor Atômica, Stress de 1985. A cena underground estava começando a dar os primeiros passos e após o lançamento desse disco, o movimento começou a ganhar mais atenção da mídia. A banda já tinha algum destaque e tocou em alguns eventos maiores nessa época, costumava dar oportunidade as bandas que estavam começando, para abrirem os seus shows. E uma dessas bandas foi o sepultura.
Estevão (vocal/guitarra) – Roots, Sepultura. Sem dúvida um dos marcos da música brasileira em si, importante não só para a carreira da banda mas também para o heavy metal nacional e internacional. É um álbum que muitos ainda viram a cara por se distanciar da pegada thrash dos discos anteriores, porém a banda conseguiu mesclar aquela sonoridade pesada com uma grande influência da musica brasileira, tornando uma sonoridade única na época.
Fale dos últimos lançamentos da banda e destaque o último dando detalhes do mesmo?
R: Recentemente lançamos o primeiro EP da banda, o Preludes From New Times, composto por três faixas, onde reunimos alguns elementos como a psicodelia, as guitarras do Doom e padrões neoclassicos. As músicas desse EP abordam assuntos diversos, como a literatura na música “Cthullu is Coming” influenciada diretamente no escritor H.P Lovecraft, a espiritualidade na faixa “Mantra” e os temas atuais em “Maldição Atômica” que tem como tema as guerras nucleares. O álbum foi gravado em 08 de Dezembro, 2018 e produzido no Audio Space Studio (Adriano Scaramussa) e mixado por (Renato Moreira) em Jacaraípe, Serra-ES. Arte feita por Carlos A.S Peixoto. Temos trabalhado em músicas novas também, o que deveremos dar mais detalhes em breve e em futuras lives na internet.
Quando você começou ouvir Heavy Metal qual veículo lhe mantinha informado? Alguma revista? Algum fanzine? Alguma rede social? Algum programa de TV? Cite quais e relembre aquele período e diga como eram os meios de comunicação do metal na época que vc começou a ouvir Heavy Metal ???
R: Começamos a ouvir metal, no mesmo período, lá no final dos anos 90, início dos anos 2000, e nesse período, os meios para se manter atualizado sobre o que rolava no mundo do rock era bem limitado, então aproveitávamos tudo o que tínhamos a disposição. Desde as músicas que rolavam nos games que a gente curtia na época, até mesmo a MTV, que na época ainda tocava música boa.
Com relação a atual situação que vivemos com relação ao COVID-19, na sua opinião, você acha que podemos ter mudanças de comportamento das pessoas nos shows de heavy metal no Brasil? Quais mudanças você acha que poderá acontecer?
R: Acreditamos que não, o rock/ metal é um estilo de energia, de contato e até mesmo porque durante esse período de quarentena não haverá novos eventos, visando evitar a aglomeração. Nesse sentido, as lives via internet estão se tornando mais comuns, sem dúvida é uma válvula de escape para as bandas e para o próprio público nesses tempos sombrios.
Quais planos para o futuro, quais shows estão agendados ou ações estão sendo planejadas para os 12 próximos meses?
R: Com alguns compromissos adiados e outros cancelados devido a pandemia, voltamos ao nosso foco para um novo projeto que estamos desenvolvendo, no qual esperamos trazer novidades em breve. A banda está presente também neste ano de 2020 em duas compilações, a SUD Compilation – Volume II com bandas brasileiras de Stoner, Doom e Sludge e recentemente A Quarentine Show no Bandcamp e Youtube com bandas da America Latina de Stoner/Doom
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