Tem alguns anos que não ouvia falar do MR. EGO. Para ser mais preciso, cheguei a escutar o seu segundo álbum e, apesar de possuir composições empolgantes, aquele disco tinha muitos problemas, a começar pela produção, mas aqui é um espaço dedicado para falarmos de “Se7en”, terceiro e mais recente lançamento.
Se você, assim como eu, já conhecia a banda de trabalhos anteriores, pode esquecer tudo e partir do zero ao ouvir este disco. Pra começo de conversa, hoje eles contam com o competentíssimo André Ferrari nos vocais, o que já garante muito mais qualidade ao produto, e em segundo lugar, principalmente, está o novo direcionamento adotado em suas composições.
Aqui tudo soa moderno, se aproximando dos álbuns mais recentes do Symphony X e Adrenaline Mob, o que já me agradou logo de cara. Outro ponto que chama a atenção, é a grande variação das músicas, tornando o trabalho heterogêneo em influências, mas homogêneo em qualidade.
Uma boa trinca que serve como exemplo é composta por “1917”, “Black Gold” e “Tears Of An Angel”. Enquanto a primeira é mais arrastada, a segunda pende mais pro Progressivo e a terceira é uma balada digna das rádios FM dos saudosos anos oitenta.
Taí um disco que me surpreendeu, em tempos que nada (ou quase nada) tem nos chamado a atenção, nesta atual cena inflada pelo advento da internet. Vale a pena conferir o trabalho destes paulistas, mas lembre-se, esqueça tudo que já ouviu deles e parta do zero, sem comparações.
Por Ivan Salgado