Cyptopsy: Show em São Paulo/Brasil - Fevereiro/2025
Foto: Leandro Cherutti/Metal no Papel
Com mais de 30 anos de carreira, os inovadores do death metal de Montreal, Cryptopsy, retornam com seu nono álbum de estúdio, An Insatiable Violence , com lançamento previsto para 20 de junho de 2025 pela Season of Mist.
Reverenciado nos círculos do metal extremo por clássicos inovadores como “Blasphemy Made Flesh” , de 1994, e a magnum opus “None So Vile” , de 1996, o Cryptopsy encontra mais uma engrenagem em “An Insatiable Violence”, que consolida ainda mais o lugar da banda no escalão superior do death metal. Após a pandemia, a banda se dedicou a se manter no topo mais do que nunca, com a intenção de lançar um novo disco consistentemente a cada dois anos. Isso começou com o aclamado “As Gomorrah Burns” , de 2023, e continua 21 meses depois com “An Insatiable Violence” .
“Tivemos que compor a maior parte de An Insatiable Violence durante a turnê Death to All, algo que nunca tínhamos feito antes”, diz o vocalista Matt McGachy. “Flo [Mounier, bateria] e Chris [Donaldson, guitarra] realmente se dedicaram. Foi um feito.”
“Desde a Covid, nosso foco está mais claro, muito trabalho é feito mais rápido e nos incentivamos mutuamente para concluí-lo”, diz Mounier.
Além de apresentar algumas das passagens mais rápidas que o Cryptopsy já gravou — ouvintes atentos até ouvirão a estranha explosão de gravidade de Mounier, uma raridade do baterista virtuoso — o caos controlado de seu som característico é compensado por passagens bem sincronizadas que aliviam o pedal do acelerador o suficiente para permitir que os ouvintes subam para respirar. Essa fúria dinâmica em An Insatiable Violence, por sua vez, faz com que os momentos mais agressivos sejam ainda mais impactantes, o que é imediatamente perceptível na angustiante “Until There’s Nothing Left” e na faixa final, “Malicious Needs”. Olivier Pinard ancora “Fools Last Acclaim” com uma autoridade impressionante (manter o ritmo de Mounier é uma tarefa nada invejável), enquanto Donaldson compensa riffs atonais e retorcidos com passagens melódicas ao longo do disco. “É uma continuação de As Gomorrah Burns “, diz McGachy, “Nós realmente queríamos fazer um disco com groove, e achamos que conseguimos.”
Parece que nada é mais assustador do que a vida real agora, e An Insatiable Violence é um comentário sobre a sociedade atual, como se fosse filtrado pelas perspectivas transgressoras e contraculturais de JG Ballard e David Cronenberg.
Tracklist:
1. The Nimis Adoration (4:10)
2. Until There’s Nothing Left (3:59)
3. Dead Eyes Replete (3:57)
4. Fools Last Acclaim (3:26)
5. The Art of Emptiness (4:16)
6. Our Great Deception (4:21)
7. Embrace the Nihility (3:50)
8. Malicious Needs (5:52)
Além dos elogios efusivos que Gomorrah Burns recebeu da cena metal, o álbum de 2023 alcançou uma estreia para o Cryptopsy: rendeu-lhes seu primeiro prêmio JUNO em 2024 para Álbum de Metal/Hard Music do Ano. “Tínhamos pouca ou nenhuma expectativa de ganhar”, diz McGachy. “Nem fomos à cerimônia porque estávamos em turnê pela Europa com o Atheist. No dia em que descobrimos que ganhamos, fizemos uma viagem louca de 18 horas de carro de Derby até a Alemanha, além de uma viagem de balsa. Mas ainda assim festejamos por 48 horas. Flo comprou uma garrafa cara de champanhe”.
O Cryptopsy reconhece que nem toda banda de death metal permanece tempo suficiente para ganhar um Grammy canadense após 30 anos de carreira. A arte da capa de An Insatiable Violence foi criada pelo saudoso e grande vocalista Martin Lacroix. “A arte do álbum é uma das coisas mais importantes para nós!”, diz a banda. “Martin Lacroix foi um dos nossos vocalistas, um dos nossos grandes amigos e uma das pessoas mais gentis que alguém poderia ter o privilégio de conhecer. Gostaríamos muito que ele estivesse aqui conosco para compartilhar este momento. Seu sorriso perfeito diria tudo! Descanse em paz, irmão.”
Com o renascimento da carreira do Cryptopsy sem dar sinais de desaceleração, os elogios recentes são apenas o começo. An Insatiable Violence atinge um novo ápice em uma carreira repleta deles.
Line Up:
Christian Donaldson: Guitarras
Flo Mounier: Bateria e backing vocals
Matt McGachy: Vocais
Oli Pinard: Baixo
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Fonte: Seasons of Mist