Crédito: Ravy Marmor
A Overfuzz , banda de Goiânia que este ano comemora 15 anos, é formada por três músicos e acaba de lançar o terceiro álbum da carreira – três singles já estavam no streaming. A recorrência de um numeral é o ponto de partida e a aura do registro Três , que chega às plataformas digitais no dia 28 de março – aliás, o terceiro mês do ano.
Três, de fato, mostra um Overfuzz integrado a tudo que a numerologia traz sobre a representação do número 3: o álbum carrega uma intensa expressão criativa, comunica-se com seus fãs e busca novos ouvintes, é otimista, enérgico e amparado por uma imaginação expansiva.
O Três ainda faz referência à identidade cerne da banda como um power trio, que sempre trouxe um som com baixo muito presente e de atitude (diferente talvez de outras bandas com mais de uma guitarra), além do fato dos três membros serem igualmente compositores, instrumentistas e também vocalistas.
Criatividade, alinhamento ao esforço, foram super necessários no processo de composição de Três , em que pela primeira vez o Overfuzz mostra músicas em português – o álbum completo, aliás.
Na sonoridade, Três mantém a essência visceral do rock habitual da banda, mas também apresenta influências de outros gêneros.
O lançamento de Três , assim como os três singles deste álbum, foi viabilizado por meio de um projeto contemplado pelo Edital de Fomento à Música 13/2023 do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás.
Overfuzz com letras em português: a mudança
A Overfuzz trocou o inglês pelo português nas composições de Três e mostra que cantar rock na língua nativa é libertador e empolgante. Uma mudança positiva, sem dúvida, que manterá a banda goiana no alto escalonamento da cena independente autoral nacional.
O processo de criação também foi reinventado pela banda: este trabalho representou uma nova fase de maior pluralidade e colaboração interna, já que todos os três membros participaram ativamente das composições, cada um trazendo suas bagagens, formações e vivências para dentro de cada canção, além de também gravar vocais e instrumentos. Um formato que definitivamente elevou a sinergia e a sintonia da banda.
O disco traz a energia dos palcos ao estúdio e vai divertir os ouvintes – o humor ácido e maduro e a levada contagiante já aparecem no single ‘Sonho Americano’.
Para Victor César (baterista e vocalista), a nova fase cantando em português é a realização de uma vontade antiga. “Queria cantar na nossa língua e passar uma mensagem clara pro nosso público. Também queria que as pessoas conseguissem cantar junto as músicas nos shows”.
A virada de chave aconteceu em 2022, na pós-pandemia, quando o Overfuzz retornou aos palcos e estava prestes a compor para um novo disco. “Nós não éramos mais os mesmos, então não tinha como voltar a ser a mesma Overfuzz de antes”, destaca o baterista.
Para Brunno Veiga (guitarrista e vocalista), o contexto do mundo e a complexa engrenagem de manter uma banda por tanto tempo levou à mudança. “O grande desafio (e que também é a parte mais legal) é encontrar sonoridades e melodias que soem bem com as novas propostas, mas sem perder a potência e a agressividade que sempre nos caracterizaram.”
Mario Nacife (baixista e vocalista), que entrou no Overfuzz em 2020, afirma que a transição é ponto chave na vida do Overfuzz. “É como abrir novos horizontes: um recomeço que acelera o coração e traz renovação para a banda”.
Overfuzz, 15 anos de banda e de estrada
A Overfuzz é um power trio que faz um rock com presença, atitude e energia em suas apresentações. Formado em 2010, o grupo goiano tem um público consolidado em todo o Brasil, que engloba fãs de diferentes estilos e gerações.
A banda tem dois EPs lançados, o primeiro em 2012 e o segundo em 2014, e um compacto em vinil 7″: “Split it Up!”, de 2015. O primeiro álbum completo é “Bastard Sons Of Rock ‘n’ Roll”, 2015, seguido de um ao vivo, “Drunk Sessions”, de 2018. O segundo álbum de estúdio é “Signs Of Reality”, de 2019.
Todos foram gravados por Gustavo Vazquez, na Rocklab Produções Fonográficas, em suas diversas localizações ao longo desses anos, exceto o disco ao vivo, gravado no estúdio Family Mob, em São Paulo, durante um show da turnê de agosto de 2017, mas com mixagem, masterização e pós-produção feitas no Rocklab.
O álbum “Bastard Sons Of Rock ‘n’ Roll” ficou com a 15ª colocação na lista dos 50 melhores lançamentos de 2015 pelo site “Tenho Mais Discos Que Amigos” e ainda teve sua faixa título emplacada na coletânea “Stone Deaf Forever”, produzida e lançada pela revista inglesa “Classic Rock Magazine”.
Em 2 anos fazendo turnês dos discos, a banda fez 86 shows, passando por 34 cidades em 10 estados diferentes. No currículo constam apresentações em festivais como Bananada, DoSol, Canto da Primavera, Vaca Amarela, Goiânia Noise, Goma, entre outros, além de tocar em eventos lado a lado com nomes como Kadavar, Mondo Generator, Vintage Caravan e Mudhoney.
O trio também participou do “Rubber Tracks”, projeto da marca Converse – All Star – voltado para artistas e produtores do mundo inteiro.
O segundo álbum, “Signs Of Reality”, traz uma sonoridade mais ousada, que explora conceitos de liberdade em várias visões e colocações diferentes, com timbres, ritmos e texturas versáteis. O lançamento, em 2019, foi feito pelo selo Abraxas Records.
Mesmo com uma extensa experiência em gravação e produção, são declaradamente uma banda de palcos, e só quem já presenciou uma de suas festas regadas a cerveja e suor (dentro ou fora da rodinha!) sabe a energia desses benefícios.
FICHA TÉCNICA
Músicos:
Victor César Rocha: voz, bateria, percussões e sintetizador.
Mário Nacife: voz, baixo e sintetizador.
Brunno Veiga: voz e guitarra.
Produção Musical: Rodrigo Andrade (Coruja Estúdio) e Gustavo Vazquez (Rocklab).
Mixagem e Masterização: Gustavo Vazquez (Rocklab).
Produção Executiva: João Pedro Barbosa.
Capa e Identidade Visual: Gabriel Lada (Plano B).
Composição, arranjos e letras de todas as músicas de Overfuzz
Overfuzz nas redes
www.youtube.com/user/overfuzzbr
Fonte: Tedesco Comunicação & Mídia