“Soulbound”, quarto álbum solo de Robin McAuley, traz mudanças na banda de apoio, agora com os guitarristas Andrea Seveso e Alessandro Mammola, o baterista Alfonso Mocerino, o tecladista Antonio Agate, além do produtor Aldo Lonobile (Archon Angel, Secret Sphere, Sunstorm, Edge of Forever, Ring of Fire, Sweet Oblivion) no baixo e guitarras adicionais. No entanto, musicalmente a coisa segue basicamente a mesma linha dos trabalhos anteriores pela Frontiers Music: “Standing on the Edge” (2021) e “Alive” (2023).
McAuley, hoje com 72 anos de idade, segue com seu timbre de voz rasgado e anasalado, com intensidade no drive e muita melodia. Já a timbragem e o peso das guitarras pesadas podem ser apontados como os diferenciais, como na faixa-título, na acelerada “The Best of Me” e em “One Good Reason”. “É muito mais ousado e dirigido por guitarra do que meus dois anteriores”, confessou o experiente vocalista irlandês.
Embora a performance de Mocerino seja mais contida, “Crazy” e “‘Til I Die” (primeiro single e videoclipe – https://youtu.be/4Nph5tbGpUM) mostram que o produtor Aldo Lonobile também caprichou no timbre do baixo. Destaques ainda para o hard rock pegajoso e com base cheia de groove de “Let It Go” e as hard’n’heavy “Paradise” e “There Was A Man”.
McAuley ganhou destaque ao substituir Bernie Shaw (Uriah Heep) no Grand Prix. Posteriormente, colaborou com Michael Schenker para consolidar o MSG no mercado americano. O McAuley Schenker Group lançou três álbuns de sucesso – “Perfect Timing” (1987), “Save Yourself” (1989) e “M.S.G.” (1992) –, além de acústicos. Tempos depois, Schenker e McAuley, hoje também no Black Swan (com Reb Beach, Jeff Pilson e Matt Starr), voltaram a trabalhar no Michael Schenker Fest. McAuley ainda passou pelo Survivor, GMT e Far Corporation. Em 11 de maio do ano passado, o vocalista esteve no Brasil pela primeira vez, participando da Hard ‘n’ Heavy Party no Manifesto Bar (SP), que contou ainda com Erik Martensson, Chez Kane e o acústico de John Corabi. Quem sabe retorne para promover este novo trabalho.
Ricardo Batalha
