Lacerated And Carbonized: “é preciso profissionalizar o heavy metal no Brasil”

Considerado uma das novas potências do death metal sul-americano, Jonathan Cruz (vocal), Caio Mendonça (guitarra), Paulo Doc (baixo) e Victor Mendonça (bateria) recentemente finalizaram todo processo de mixagem e masterização do seu tão aguardado disco de inéditas, ao lado do renomado Andy Classen (Krisiun, Destruction, Belphegor, Tankard, Holy Moses, entre outros), no Stage One Studio, na Alemanha.

Apesar de o lançamento estar previsto para o primeiro semestre de 2016, este novo trabalho já vem atiçando a ansiedade dos fãs e chamando a atenção da imprensa especializada. Em entrevista exclusiva ao site do programa Rock Mania conduzida pela guitarrista Prika Amaral (Nervosa), o baixista Paulo Doc discorreu sobre algumas dificuldades que afetam a cena brasileira, além de deixar bem claro que próximo disco vai impressionar pela qualidade e evolução musical atingida pelo LAC nos últimos anos.

(…) às vezes falta um pouco de profissionalismo, mas felizmente também tem gente competente que faz um puta trabalho. Penso que a saída é mesmo o desenvolvimento de uma concepção mais profissional da coisa por todos os envolvidos e isso fica muito claro quando você tem a oportunidade de girar fora do país. Muitos produtores têm boa vontade, mas pecam em itens básicos de estrutura, planejamento mesmo. Coisas que são elementares para a banda (por exemplo, um esquema legal de overnight e transporte até uma próxima gig) às vezes são tratadas meio que no ‘vâmo-que-vâmo’, coisa que na Europa não rola. Lá, independente do porte do evento, você sabe que caras vão estão atentos a tudo isso.

Também acho que os produtores de uma mesma região poderiam ter uma integração maior, pois trabalhando em bloco, com o maior número de datas possível, fica mais viável trazer as bandas para aquelas localidades. A questão não é exaltar tudo o que vem de fora e criticar o que é nosso, muito pelo contrário! O nosso público é de fato o melhor do planeta, mas os bons exemplos têm que servir de paradigma”, declarou o músico.

Confira a entrevista na integra em http://www.rockmania.com.br/#!metal-interchange/bypt5.

O novo álbum do Lacerated And Carbonized, ainda sem título definido, foi produzido pela própria banda em parceria com o músico e o engenheiro de som Felipe Eregion (Unearthly). As gravações ocorreram no HR Studios, no Rio de Janeiro.

Nos próximos dias, o quarteto vai divulgar as participações especiais que compõem este registro fonográfico.