Review: Labyrinth – ‘In The Vanishing Echoes of Goodbye’

Ao lado dos fundadores Olaf Thorsen e Andrea Cantarelli (guitarras), a formação atual do Labyrinth é completada por Roberto Tiranti (vocal), Oleg Smirnoff (teclado, Eldritch, Death SS, Vision Divine), Nik Mazzucconi (baixo, Archon Angel, Edge of Forever, ex-Jorn, Sunstorm) e Mattia Peruzzi (bateria, Vision Divine, Illunia, Shadows of Steel). A banda italiana declarou que se sente “cada vez mais livres de fórmulas e limites estilísticos” e que com “In The Vanishing Echoes of Goodbye”, sucessor de “Welcome to the Absurd Circus” (2021) e décimo full da carreira, se propôs “a alcançar total liberdade”.

Roberto Tiranti, que novamente apresenta um desempenho acima da média, descreve a faixa “The Right Side of This World” (https://youtu.be/YN6J-ybBcJg) como uma reflexão sobre a dificuldade de identificar onde está a parte certa do mundo em que devemos viver em paz. O vocalista observa que, nos tempos atuais, tudo evolui de maneira ilógica e feroz, tornando a busca ainda mais desafiadora. “Talvez por esta razão, combinada com a realidade de viver em tempos cada vez mais sombrios, este trabalho se tornou nosso álbum mais pesado, rápido e agressivo, enquanto ainda mantivemos nosso toque melódico/melancólico típico”, detalha.

A declaração sobre o modo como se apresentam as faixas merece acolhida, pois o instrumental coeso oferece uma profusão de melodias, transitando entre power metal (confira “Accept The Changes”), prog e notáveis partes quase thrash, caracterizadas por palhetadas alternadas e abafadas. “Welcome Twilight” (https://youtu.be/7X4je9rLO7g), a faixa de abertura, sintetiza esta pegada e traz um refrão com coro grandioso em latim: “si vis pacem para bellum” (“você quer paz, prepare-se para a guerra”).

De início calmo e melódico, “Out of Place” traz de volta o lado Fates Warning que a banda explora desde o clássico “Return To Heaven Denied” (1998), considerado um marco da chamada “nova onda do power metal italiano”. Por outro lado, “At The Rainbow’s End” é o puro power metal acelerado, enquanto a também rápida “Heading for Nowhere” traz o peso em primeiro plano e segue uma pegada mais thrash. Destaques ainda para “Mass Distraction” e “Inhuman Race”.

Todos os músicos conseguem desempenhos individuais de destaque, mas vale ressaltar a destreza de Oleg Smirnoff por não se limitar a fazer camas de teclado e atuar até como solista em diversos momentos. É o Labyrinth em sua melhor forma!
Ricardo Batalha