Review: Alien – ‘When Yesterday Comes Around’

São quase 40 anos de estrada com idas e vindas, mas Jim Jidhed (vocal), Tony Borg (guitarra) e Toby Tarrach (bateria) estão firmes e apresentam “When Yesterday Comes Around”, oitavo da discografia do Alien. Formada em Gotemburgo em 1986, a banda tem como grande trunfo o seu debut, “Alien” (1988), que é tido como um clássico do AOR – a capa do sucessor de “Into The Future” (2020) traz a evidente ligação com o passado.

Musicalmente, a base do novo álbum é classic e melodic hard rock, tendo algumas faixas com a pegada anos 70, como “We Are Living” e “Aiming High”. Aquela onda do Rainbow na fase pós-Dio é escancarada na faixa-título, com um vocal na linha Joe Lynn Turner. Por sinal, Jidhed tem um desempenho muito bom e também lembra Bob Catley em alguns momentos.

A média é boa, mas algumas faixas se destacam ainda mais, como o AOR puro de “Hearts on Fire”, que poderia facilmente entrar em um disco do Survivor. Elegante e cheio de classe, o repertório ainda destaca “I Belong to the Rain” e a abertura com a vigorosa “In the End we Fall”.

Segundo a banda, “When Yesterday Comes Around” é uma reflexão sobre a passagem do tempo, memórias e a motivação para seguir em frente. “Com nosso novo álbum, estamos trazendo vocês de volta a um tempo maravilhoso no rock, mas com uma reviravolta moderna”, declarou Jidhed. “Este é um álbum realmente especial para nós. Conseguimos capturar a essência do que nos tornou quem somos, mas também levamos isso adiante e criamos algo que se sente fresco e relevante para o público de hoje”, concluiu Tony Borg.

A agenda da banda já tem marcado a presença no Sweden Rock Festival em 4 de junho, além de uma turnê pela América do Sul, mas ainda sem informações se o Brasil será incluído.
Ricardo Batalha