Belo Horizonte recebeu em 15/06, um domingo, a última apresentação da esperada “Tim Ripper Owens Latam Tour 2025” no Brasil.
A turnê pelo país contou mais de 10 apresentações e foi responsável por trazer ninguém menos que o vocalista Tim Ripper Owens em território nacional.
Vale lembrar que Ripper, conhecido mundialmente por seu trabalho com o Judas Priest e Iced Earth, por exemplo, é figurinha carimbada em solo brasileiro, já tendo passado por aqui em outras diversas oportunidades. Para Belo Horizonte, foram escolhidas para a abertura as bandas locais Odisseia e Hellway Train.
Ripper desfilou seus principais sucessos em um set diversificado!

O ambiente intimista que o Caverna Rock Pub proporciona trouxe todo um clima favorável para interação entre o público e Tim Ripper, tanto que logo a sua entrada no palco o vocalista já foi saudado efusivamente pelo público, digamos, não tão numeroso quanto se esperava, mas vigoroso e atento.
‘Jugulator’, de sua época com Judas Priest, foi responsável por abrir o show e daí para frente o Metal tradicional e grandes clássicos nortearam o que seguiria.
‘Burn In Hell’, outra do disco “Jugulator” (1997), foi ovacionada e ganhou ares de destaque na fase inicial da festa. Ripper mostrou que é um daqueles vocalistas que não “piorou” com o tempo, pelo contrário, seu desempenho ao vivo continua praticamente impecável e relembra o ápice de suas atuações com os medalhões já conhecidos pelo qual atuou.
‘Hellfire Thunderbolt’, com seu refrão grudento, honrou o trabalho de Ripper junto ao KK’s Priest, banda formada por K. K. Downing, ex-guitarrista do Judas Priest. A sequência veio com a balada ‘Beyond the Realms of Death’, do disco “Stained Class”, de 78.
Ripper não brilhou sozinho nesta empreitada em território brasileiro! O vocalista usufruiu da poderosa companhia de Wander Cunha (guitarra), Bruno Luiz (guitarra), Fabio Carito (baixo) e Marcus Dotta (bateria). O quarteto de músicos estava em noite inspirada, demonstrando familiaridade com todo o set, além de muita leveza (no bom sentido!) na condução do set.
Ovacionado pelos fãs, Ripper mostrou carisma e apreço pelo seu público!

O entrosamento entre os caras não vem de agora, já que a maioria da trupe é velha conhecida de Ripper, tendo se apresentado juntos em diversas outras ocasiões. Fabio Carito e Marcus Dotta, por exemplo, integram atualmente o line-up do Metalliun, tradicional banda do Power Metal alemão.
Em meio a diversas interações com o público, Ripper continuou a comandar com maestria e muita qualidade canções como ‘Scream Machine’, por exemplo. A faixa trouxe sua faceta com o Beyond Fear – grupo criado por ele mesmo após sua saída do Judas Priest. A balada ‘When the Eagle Cries’, por sua vez, alegrou os fãs do Iced Earth.
Ripper por vezes interagiu carinhosamente com os fãs e cumprimentou os mais próximos ao palco entre uma faixa e outra. Outro ponto que chamou atenção e trouxe nostalgia foram os gestos e atuações de Ripper, relembrando, por exemplo, os clássicos registrados no DVD ao vivo ‘Live in London’. Este registro ao vivo é para muitos um dos seus principais e mais ovacionados trabalhos com o Judas Priest.
Banda que acompanhou Ripper esbanjou entrosamento e experiência!

‘Wratchild’ – cover do Iron Maiden – surgiu meio deslocado entre os grandes hits do set e, por ser uma faixa conhecida mundialmente, logo foi acompanhada à risca pelo público que ainda teve o clássico ‘Eletric Eye’ como um dos grandes e mais marcantes momentos da noite.
Tim Ripper e companheiros de banda tinham todo o know how para impressionar a quem ali estivesse e assim o fizeram, sem pestanejar. Toda a experiência do quinteto rendeu aos mineiros uma excelente noite de Heavy Metal, com momentos que se mesclaram entre o pesado, o leve, o nostálgico e o mais atual.
Uma tour como “Tim Ripper Owens Latam Tour 2025” não se vê a todo momento. Todo o deslumbramento que Ripper e sua turma proporcionaram não surgiu por acaso, basta imaginar que Belo Horizonte esteve cara a cara com verdadeiro ícone do Metal mundial que, por sua vez, estava rodeado de músicos experientes, qualificados e com rodagem pelos quatro cantos do globo.
“Cá pra nós”, não tinha como dar errado!

















Fotos por Fernando Borges
Texto por Reynaldo Trombini
