Na abertura da noite, o Fuzz Sagrado mostrou suas influências stoner e psicodélicas com nítidas influências do mestre Jimi Hendrix em seu som. Abraçados desde o início pela platéia paulista, o show foi crescendo até seu ápice final com o cover de “Bridge of Sighs” de Robin Trower.
Quando o Clutch subiu ao palco do Fabrique Club 10 anos depois de sua última passagem por nosso país, o jogo já estava ganho. Era só tentar andar pela casa abarrotada em plena quinta-feira para comprovar isso. Isso garante um bom show? De jeito nenhum.
Mas os americanos de Maryland não titubearam e com a experiência de mais de 30 anos de estrada e contando com uma excelente qualidade sonora incendiaram o público. Começaram com “The Mob Goes Wild”, seguida de “Earth Rocker”, “A Shogun Named Marcus” e “Sucker For The Witch” que mantiveram os ânimos lá alto.
O vocalista Neil Fallon é um dos grandes destaques na banda, tocando cowbell, gaita e uma ocasional segunda guitarra. Isso não tira o mérito da banda, pois de forma individual todos têm performances sólidas e quando atacam todos juntos uma massa sonora pesada e densa atingia a plateia.
De forma coesa e com o público lavando a alma na adoração pela banda, o Clutch fez o que todos esperavam e todos estão na torcida para que não leve mais uma década para seu retorno.
Texto e fotos: Belmilson Santos (@bel.santosfotograia)